segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Bebeteca: lugar de pequenos leitores

Faixa etária 0 a 3 anos
Objetivos Introduzir o hábito da leitura. Ampliar o universo cultural. Apresentar procedimentos de contato com os livros. Desenvolver o gosto e o prazer pela leitura compartilhada como forma de aprender, socializar-se e interagir.
Conteúdos Leitura de capas, textos e imagens dos livros. Criação de repertório de textos e imagens. Ampliação e desenvolvimento da linguagem oral. Noções de causalidade e tempo. Articulação de idéias. Tempo estimado Um mês para montar o espaço. As atividades devem ser permanentes, feitas diariamente durante 30 minutos ou enquanto durar o interesse da turma. Materiais necessáriosLivros de boa qualidade e adequados às características da faixa etária (exemplares de tecido ou plástico, de tamanhos variados, com dobraduras, de papel cartonado, com texturas etc.), estantes ou caixas baixas de fácil acesso, tapete, colcha ou tatame, cadeirinhas, bebê-conforto ou carrinho. Organização da sala Em roda.
Desenvolvimento Comece a montagem da bebeteca selecionando os títulos. Dê preferência a histórias interessantes e que não emitam juízos de valor. Os enredos que apresentam objetos e personagens comuns do universo infantil como bolas, brinquedos e carros, entre outros e que transferem características humanas a animais e coisas costumam ser os prediletos. Fique atento também às ilustrações, pois elas ajudam a chamar a atenção para os livros e a contar o enredo. As figuras grandes, coloridas e bonitas aprimoram a percepção visual e ampliam o repertório de imagens. Insira no acervo edições de diferentes tipos (de plástico ou tecido) e que inovem na forma (figuras em relevo, páginas com dobraduras ou com espaços de interação). É fundamental agregar gêneros diversos. Histórias que tenham apenas imagens agradam aos menores. Pense também no espaço físico. Se não houver na creche uma sala própria para esse fim, procure instalar a bebeteca em um canto amplo e tranqüilo. Os livros devem estar sempre à disposição, mas é importante ter um lugar para que sejam guardados. Para isso, use estantes ou caixas de madeira, colocadas em altura própria para que todos alcancem os exemplares. Decore a sala ou o canto com recursos adicionais como fantoches e móbiles. Para o chão, providencie tatames, colchas e tapetes em que todos possam se espalhar e ficar à vontade para devorar os livros. Estabeleça um momento específico na rotina diária para as atividades da bebeteca. Nos primeiros encontros, apresente os materiais para as crianças, observando a forma como elas se relacionam com eles, as preferências individuais e o tempo que cada uma dedica à atividade. Ensine a importância de cuidar bem do material e de preservá-lo. Durante as atividades, ofereça a possibilidade de manusear os livros. Leia com a garotada as imagens e os textos, apontando figuras e nomeando personagens. Para desenvolver a escuta atenta e favorecer a concentração de todos, capriche na entonação e no ritmo. Não tenha receio de repetir a mesma trama mais de uma vez. Os que já sabem falar não se cansam de pedir as preferidas, e isso é importante para que apreendam a história e prestem atenção em detalhes diferentes a cada vez. Você pode ler um livro em várias sessões se ele estiver dividido em capítulos. Sempre que possível, amplie as situações: além de ler por prazer, a turma pode ser colocada em contato com outros propósitos, como o de ler para pesquisar (enciclopédias infantis, sites etc.), estudar e seguir instruções (receitas e manuais). A leitura é apenas uma das formas de contato com os livros. Outras podem ser exploradas, como o teatro de fantoches, de dedos ou de sombras o flanelógrafo e músicas cantadas. Trabalhe com os personagens, as características e as falas particulares. Convide as crianças a ser os protagonistas nesses momentos. É uma forma de mostrarem as aprendizagens. No decorrer do ano, diversifique a oferta de materiais ampliando o repertório de histórias. Promova vários momentos de intercâmbio com outros grupos para trocar conhecimentos e interagir. Confeccione um cartaz em sala com imagens das capas dos livros para estimular a leitura. Fotografe as atividades, compartilhando com o grupo e as famílias a experiência de contato com os livros. Aproveite algumas idas à bebeteca para promover a aproximação das famílias com a escola: convide pais e mães para ler para os filhos e seus colegas ou mesmo para ouvir as histórias que você conta. Avaliação Faça a avaliação do trabalho durante todo o processo, desde a montagem do espaço até as atividades propostas. Não hesite em alterar a ordem das etapas previstas ou os encaminhamentos planejados em função das necessidades dos bebês. Observe as crianças interagindo com os livros e o tempo que se mantêm concentradas. Um bom termômetro é quando elas começam a pedir para ouvir histórias. Muitas vão começar a deixar explícitos quais são os títulos prediletos, comentá-los e pedir para levá-los para casa. Anote as preferências do grupo. Sugira atividades específicas com elas para verificar a familiaridade com os enredos, personagens e imagens. Importante verificar se a turma tem comportamento leitor no manuseio das obras e na postura para escutá-los. Nessa faixa etária, a paciência e a perseverança são essenciais para um trabalho bem-sucedido.

Fonte:
www.revistaescola.abril.com.br
Biblioterapia
A biblioterapia pode ser conceituada como a prescrição de materiais de leitura com função terapêutica. A prática biblioterapêutica pode ser utilizada como um importante instrumento no restabelecimento psíquico de indivíduos com transtornos emocionais. Ela admite a possibilidade de terapia por meio da leitura, contemplando não apenas a leitura de histórias, mas também os comentários adicionais a ela, e propõe práticas de leitura que proporcionem a interpretação do texto.
A biblioterapia exige o acompanhamento terapêutico, seja de um
bibliotecário com formação terapêutica, ou de psicólogos, psicoterapeutas, psiquiatras, ou mesmo de um bibliotecário com apoio destes profissionais.
A fundação, no Brasil, da Sociedade Brasileira de Biblioterapia Clínica pretende formar profissionais específicos para que possam exercer a função, com conhecimento de diversas áreas ligadas ao tema. Busca também, desenvolver pesquisas e ações voltadas para este tema, agregando conceitos das áreas médicas e educacionais.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Ciência da Informação

Ciência da Informação é a ciência que estuda a informação desde a sua gênese até o processo de transformação de dados em conhecimento. Estuda ainda a aplicação da informação em organizações, seu uso, e estuda as interações entre pessoas, organização e sistemas de informação. Logística da Informação, planejamento de informação, modelagem de dados e análise, são as principais áreas de estudo. Entre outras áreas estão a teoria da organização Todos os campos do conhecimento alimentam-se de informação, mas poucos são aqueles que a tomam por objeto de estudo e este é o caso da Ciência da Informação. Por outro lado, esta informação de que trata a Ciência da Informação movimenta-se num território multifacetado, tanto podendo ser informação numa determinada área quanto sob determinada abordagem.

Assim, informação, por ser objeto de estudo da Ciência da Informação, permeia os conceitos e definições da área. E, embora informação não possa ser definida nem medida, o fenômeno mais amplo que este campo do conhecimento pode tratar é a geração, transferência ou comunicação e uso da informação, aspectos contidos na definição de Ciência da Informação. Por outro lado, deve ser explicitado que, embora haja relação profunda entre conhecimento e informação, os dois termos são distintos, portanto, não são sinônimos e, na literatura, esta é uma questão recorrente.


Origens e Evolução da Ciência da Informação

A Ciência da Informação nasceu no bojo da evolução científica e técnica que se seguiu à Segunda Guerra Mundial. A história da Ciência da Informação sofreu influência de duas disciplinas, que contribuíram não só para sua gênese, mas , também para o seu desenvolvimento: a documentação, que trouxe novas conceituações e a recuperação da informação, que viabilizou o surgimento de sistemas automatizados de recuperação de informações. Com a Revolução Industrial na Europa e nos Estados Unidos, no final do século XIX, a quantidade de informações registradas cresceu de forma assustadora, e várias tentativas foram feitas para realizar um Controle Bibliográfico Universal.

O documento ampliou o campo de atuação dos profissionais da área ao ultrapassar os limites do espaço da biblioteca e agregar novas práticas de organização e novos serviços de documentação. Sendo, o Instituto Internacional de Bibliografia pode ser compreendido como acontecimento importante na gênese da Ciência da Informação, do qual brota a idéia de bibliografia e registro, memória do conhecimento científico, desvinculada dos organismos como arquivos e bibliotecas e de acervos.

O Surgimento dos Sistemas Automatizados de Recuperação da Informação é considerado o sustentáculo para surgimento da Ciência da Informação. A situação após a Segunda Guerra despertou, notadamente nos países desenvolvidos, um grande interesse pelas atividades de ciência e tecnologia, ocasionando um aumento considerável de conhecimentos. Esse Fenômeno, denominado como “explosão de informação”, caracterizou-se por um crescimento exponencial de registros de conhecimento, particularmente em ciência e tecnologia. Tal fenômeno trazia em seu bojo um problema básico, que era a tarefa de tornar mais acessível um acervo crescente, proveniente daqueles registros.

O emprego do computador no tratamento e na recuperação da informação de maneira sistemática trouxe novas perceptivas para serviços de bibliotecas e de informação, notadamente, nas indústrias. O computador permite um comportamento mais preciso e racional no tratamento da informação, além de possibilitar a manipulação de grade dados. O trabalho com a recuperação de informações deu subsídio para o desenvolvimento de inúmeras aplicações bem-sucedidas (produtos, sistemas, redes, serviços).

Gênese da Ciência da Informação

A Ciência da Informação nasceu para resolver um grande problema, que foi também grande preocupação tanto para Documentação quanto da Recuperação da Informação. Que é o de reunir, organizar e tornar acessível o conhecimento cultural, científico e tecnológico produzindo em todo mundo.

Um evento importante para o desenvolvimento da área, foi quando passou por uma acentuada evolução após Segunda Guerra Mundial, ocasionada pelo surgimento da Teoria da Matemática da Informação, descrita por Shanon e Weaver no final dos anos 1940. Essa teoria, adotada por muitas outras áreas, explica os problemas de transmissão de mensagens através de canais mecânicos de comunicação. O princípio de toda comunicação implica na transmissão de uma mensagens entre uma fonte(emissor) e um destino (receptor) utilizando um canal. O emissor ou fonte pode ser um individuo , um grupo ou um empresa. O receptor ou destinatário e quem recebe a mensagem. Esse modelo de comunicação, elaborado por engenheiros para comunicação entre máquinas, não atendeu às necessidades teóricas da Ciência da Informação, mas vez que, ao se que chegam em todos os lados, sendo necessária uma seleção para compreender aquelas que interessam particularmente a um individuo. A data de 1958 é assinalada como uns dos marcos na formalização da nova disciplina, quando foi fundado, no Reino unido, o Institute of Information Scientists.Na industria moderna houve um acrescente demanda de informação para maior desempenho das organizações. Como a atividade se expandiu e se formalizou, houve necessidade de treinamento para aqueles que optavam por essa atividade, o conjunto desse treinamento passou a se chamar “Ciência da Informação”. O uso do termo cientista da informação pode ter tido a intenção de distinguir os cientistas de laboratório, uma vez que o interesse principal daqueles membros era a organização da informação científica e tecnológica. Os membros denominados cientistas da informação eram profissionais de várias disciplinas que se dedicavam às atividades de organizar e suprir de informação científica.

Os avanços da informática desde a década de 1960 transformaram e estimularam as atividades de armazenamento e recuperação da informação. Com a utilização do computador , a Ciência da Informação passou a enfrentar novos desafios. Assim , da atividade de recuperar informações emergiram novas questões a serem estudadas, necessidades de novas conceituações e construções teóricas, empíricas e pragmáticas. O impacto dos computadores e das telecomunicações no gerenciamento da informação foi tão grande que hoje a Ciência da Informação e tecnologia da informação estão frequentemente juntas na discussão sobre o percurso da área.

Fonte: pt.wikipedia.com

quinta-feira, 16 de setembro de 2010


Biblioteconomia é a ciência que estuda os aspectos da representação, da sistematização, do uso e da disseminação da informação através de serviços e produtos informacionais. Trata sobre a análise, planejamento, implementação, e a organização, administração da informação em bibliotecas, bancos de dados, centros de documentação, sistemas de informação e sites, entre outros.

O papel do profissional bibliotecário vai muito mais além dos empréstimos e organização da biblioteca, ele é como um agente mediador entre a informação e quem a busca, de modo que o conhecimento chegue de forma rápida e satisfatória ao seu usuário.

A palavra biblioteconomia é composta por três elementos gregos - biblíon (livro) + théke (caixa) + nomos (regra), assim biblioteconomia é etimologicamente o conjuntos de regras de acordo com as quais os livros são organizados em espaços apropriados : estantes, salas, edifícios. Organizar livros implica tanto ordená-los segundo um sistema lógico de classificação do conhecimento e conservá-los para que resistam a condições desfavoráveis de espaço e tempo, como torná-los conhecidos para que sejam utilizados pelo maior número de pessoas interessadas nos seus elementos formativos, informativos, estéticos ou simplesmente lúdicos que eles contém. Isso tem início antes mesmo do livro entrar na biblioteca - por meio de compra, doação ou permuta - através de uma cuidadosa seleção, se o livro atente aos perfis dos respectivos usuários.

A Biblioteconomia é uma das profissões mais antigas da humanidade. Estima-se que talvez tenha se iniciado nos primórdios com as práticas estabelecidas pelos monges copistas. A Biblioteconomia no Brasil como curso de graduação é considerada como uma das ciências da informação, pelo seu caráter interdisciplinar e pelo seu objeto de estudo: a informação, estando sobre o guardachuva da Ciência da informação, esta última uma criada após a II Guerra Mundial em virtude da gama de informações surgidas pelo desenvolvimento de novas tecnologias.

Como seria impossível para determinado usuário de uma biblioteca em sua busca por informação, folhear todos os livros, ouvir todos os cds, ou manusear todas as formas de suporte da informação presentes na biblioteca, são desenvolvidas técnicas e serviços de forma a simplificar o acesso a informação contida no suporte (impresso, digital, sonoro, etc.).

As principais áreas de pesquisa em biblioteconomia são: representação temática, representação descritiva, linguagens documentárias, serviços de referência, marketing em unidades de informação, arquitetura da informação, usabilidade, catalogação, gestão de unidades de informação, infomeria etc.